Ana Claudia Marques

Psicóloga CRP 05/46421

Pesquisar
Close this search box.

Blog

Suicídio na adolescência: realidade e prevenção

O suicídio é um tema ainda considerado um tabu em nossa sociedade. Desde a Grécia antiga, e fortalecido pela tradição religiosa, o suicídio é visto como uma fraqueza de caráter, demonstração de fracasso. Infelizmente, para muitos a idéia se mantém. No entanto, essa visão torna as coisas ainda piores, afastando da ajuda e do apoio aqueles que necessitam, como os familiares e amigos daqueles que se mataram, as pessoas que tentam suicidar, e também aquelas que convivem com alguém que tentou.

Segundo ranking da OMS em 2014, o Brasil ocupa hoje a 8ª posição entre os países com maior número de suicídios no mundo. Em 12 anos, de 2002 a 2014, segundo o Mapa da Violência 2017 (dados divulgados pela BBC), a taxa de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos aumentou 10% no Brasil. Não é pouco. E não há apenas uma causa, mas diversas, como a depressão, pânico, bullying, desesperança, abuso de drogas e álcool, questões religiosas, isolamento social, abuso sexual, violência constante, problemas familiares, entre tantas outras.

Especialmente durante a adolescência, muitas questões estão presentes e podem levar ao desespero. Além dos aspectos acima, outros elementos podem desencadear o sofrimento, como um término de relacionamento, a morte de uma pessoa querida, o estresse escolar, a pressão por status entre os colegas, problemas de relacionamento com os pais. E muitas vezes o jovem não tem consciência desse “start”, mas observa suas conseqüências, como ansiedade, ataques de pânico, medo, pensamentos negativos constantes, isolamento, sentimento de vazio, solidão intensa, tristeza, e pode sentir vergonha de estar assim, ter medo de contar para alguém, e acreditar que essa situação nunca vai melhorar.

Você pode se perguntar: Mas como a pessoa chega a esse ponto? Por que ela não buscou ajuda? Chegar ao ponto de acabar com a própria vida ou de tentar indica principalmente que a pessoa é ou era vítima de um sofrimento psíquico tão grande, que não conseguia encontrar alternativas. Em muitos casos, se busca ajuda, tentam falar com os pais, com amigos, dão diretas ou indiretas sobre o desejo de morrer, sinalizam de várias formas (se isolando, chorando, demonstrando apatia, raiva constante, descaso com a aparência), mas nada disso parece funcionar. Você consegue imaginar a dor de sofrer constantemente e não enxergar a saída?

Assim, é fundamental que se esteja alerta para os sentimentos daqueles que nos cercam. Não ignorar a expressão do outro, seu comportamento, se aproximar ao invés de se afastar, oferecer ajuda. Em qualquer faixa etária o diálogo é fundamental. Se você identificar que alguém está sofrendo, e você puder se aproximar de alguma maneira e conversar, esteja certo que isto ajudará. Não julgue, busque compreender o sofrimento, e se achar que a pessoa pode estar pensando em se matar, pergunte diretamente. Não tenha medo. E caso a resposta seja positiva, mesmo que você não saiba como lidar com isso, você tem duas boas idéias para dar: entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida, o CVV, pelo número 141, e procurar um psiquiatra e/ou um psicólogo. Esses passos podem salvar a vida da pessoa.

Se você se identificou com essa situação, com os sentimentos colocados no início do texto, se você está pensando em acabar com a própria vida ou já tentou, se você não está vendo saída para o seu sofrimento, saiba que você pode encontrar apoio e pode superar tudo isso. Fale com alguém, ligue para o CVV. E o mais importante: procure um psiquiatra ou um psicólogo. Esses profissionais estão capacitados para lhe ajudar a vencer esse sofrimento. Se você é adolescente, não tenha vergonha, converse com seus pais ou com alguém que você confia e que possa te ajudar a chegar a um profissional da saúde.

Eu estou aqui para lhe acolher!

Ana Claudia Marques – Psicóloga

CRP 05/46421

Está gostando? Compartilhe

Deixe um comentário

Meu trabalho consiste em um atendimento sem julgamentos e preconceitos, focado no autoconhecimento para superação das questões e tratamento de transtornos diversos em saúde mental.

Meu trabalho consiste em um atendimento sem julgamentos e preconceitos, focado no autoconhecimento para superação das questões e tratamento de transtornos diversos em saúde mental.

Está gostando? Compartilhe

Está gostando? Compartilhe

Fique por dentro!

Reflexões para o autoconhecimento

Obrigada por entrar em contato!

Seus dados e sua mensagem foram recebidos com sucesso!
Em breve entrarei em contato!

Caso queira um atendimento mais rápido, fale comigo pelas redes sociais.

Enviar mensagem
Fale comigo agora
Olá, fale comigo pelo WhatsApp!